Indústria de materiais de construção segue precavida em junho
A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nesta segunda-feira (3) a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção. Realizada com as lideranças do setor, a pesquisa de opinião indica que as empresas associadas seguem otimistas, mas cautelosas em relação aos resultados de junho. Para 39% dos associados, o mês apresentará resultado bom e 35% apontam o período como regular. Para julho, a expectativa é que haja aumento no otimismo moderado, com 52% das empresas associadas estimando resultado bom e 35% desempenho regular. A pesquisa também apresenta os dados consolidados de maio de 2023, indicando que o mês foi de resultado positivo no setor. Pela sondagem, o quinto mês do ano trouxe resultados bons para 39% das empresas, regulares para 30% e ruins para 9%. O Termômetro também traz informações sobre o nível de utilização da capacidade instalada da indústria de materiais. Em junho, a utilização da capacidade industrial foi de 70% na média das empresas associadas, permanecendo estável em relação ao mês anterior e com 8 pp a menos do que em junho de 2022. As pretensões de investimento em junho apresentam queda, com redução de 2 pp em relação ao mês anterior, refletindo a incerteza em relação à retomada dos investimentos projetados para o ano. Um percentual de 61% das indústrias de materiais ouvidas pela pesquisa indicam que devem investir nos próximos 12 meses, seja para o aumento da capacidade produtiva, seja na modernização dos meios de produção. Em junho do ano passado, esse indicador era de 74%. “Notamos que a indústria de materiais de construção continua otimista, porém cautelosa, em relação aos rumos econômicos do Brasil”, explica Rodrigo Navarro, presidente da Abramat. Por um lado, diz ele, o governo federal vem atuando em prol do setor com os novos moldes do Minha Casa Minha Vida, do programa Mãos à Obra, da manutenção do Construa Brasil e com a expectativa de lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Por outro, temos uma taxa de juros elevada e reformas estruturantes, como a tributária, ainda por avançar, fazendo com que nossos associados sigam precavidos”, ele comenta. A pesquisa completa está disponível neste link.